Reversão sexual da tilápia do Nilo Oreochromis niloticus vr. chitralada na presença de Spirulina platensis

Rafael Viana de Queiroz, Diana Mendes Cajado, Ricardo Lafaiete Moreira, Valdemar Cavalcante Júnior, Renato Teixeira Moreira, Wladimir Ronald Lobo Farias

Resumo


A larva da tilápia do Nilo, Oreochromis niloticus, durante os primeiros dias de vida, supre suas necessidades nutricionais com a reserva vitelínica, pois nem a boca encontra-se aberta nem o trato intestinal completamente formado. Após o consumo do vitelo, o peixe já é uma pós-larva e sua alimentação passa a ser exógena e é composta, principalmente, por microalgas e zooplâncton. O objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência do alimento natural durante o período de reversão sexual da tilápia do Nilo. O experimento constou de dois tratamentos divididos em quatro repetições, com uma duração de 28 dias, utilizando uma densidade de 1,25 pós- larvas L-1, totalizando 160 indivíduos para todo experimento. No tratamento controle foi utilizado apenas ração contendo o hormônio masculinizante. Noutro tratamento foi utilizado a microalga Spirulina platensis além da ração contendo o hormônio. No início do cultivo, os peixes apresentaram peso médio inicial de 0,019 g e comprimento médio inicial de 1,20 cm. Após a reversão sexual (28 dias), foram obtidos, para os respectivos tratamentos, pesos e comprimentos finais de 0,722 g e 3,721 cm; 0,900 g e 4,025 cm. O tratamento com a microalga S. platensis mostrou-se mais eficiente no crescimento em comprimento e ganho de peso das tilápias do Nilo, quando comparado ao que apenas utilizou ração microparticulada (controle). Além disso, após os 28 dias de cultivo, os peixes do tratamento com S. platensis apresentaram maior sobrevivência.

 

 


Palavras-chave


microalga, peixes, hormônio masculinizante.

Referências


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